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Mostrando postagens de abril, 2015

O Mundo Assombrado pelos Demônios: a ciência vista como uma vela no escuro (Garl Sagan)

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"O Mundo Assombrado pelos Demônios: a ciência vista como uma vela no escuro." Garl Sagan Companhia das Letras, São Paulo, 1996. Sequestros por alienígenas, anjos e gnomos, feitiçarias e maus-olhados, curas quânticas e o poder extraordinário das pirâmides. Um dos muitos paradoxos do mundo moderno é a convivência entre o enorme sucesso da ciência e da tecnologia e a disseminação de crenças não científicas ou pseudocientíficas nas sociedades. Mitos sempre existiram. A novidade é que, no seio de nossa cultura "científica", vários deles assumem formas "modernas" e procuram na própria ciência respaldo para se sustentar - apesar de atropelarem sistematicamente os métodos científicos -, produzindo as chamadas "pseudociências". Ironicamente, sua difusão é enormemente facilitada pelos mesmos meios de comunicação de massa que a ciência ajudou a criar. A ciência é "filtrada" por uma mídia em grande parte acrítica e sua parte m

SINAL VERDE: O DUALISMO DA MORTE E DA VIDA

SINAL VERDE: O DUALISMO DA MORTE E DA VIDA

O DUALISMO DA MORTE E DA VIDA

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O filósofo Frances La Rochefaucauld tem uma frase fundamental sobre a morte: “não se pode olhar de frente nem o sol e nem a morte. E o que ele quis dizer sobre isso? Esta dizendo que nós seres humanos, somos incapazes de enfrentarmos a própria morte. Somos incapazes de encararmos a própria morte. E com essa frase emblemática se olharmos o sol de frente cegamos e se tentamos olharmos a morte de frente nós nos   perdemos. E com esta frase esta tentando nos dizer mais uma vez que vida e morte são inconciliáveis.   Que vida e morte são termos que não pode estar em consonância. O ser humano sempre teve alguma proximidade com a morte pois a morte sempre está e estava presente no cotidiano e participando na organização da vida. No cristianismo a morte foi vencida pela ressurreição de Cristo e o dualismos da filosofia reforçou a     ideia de que morte é o posto da vida. E que assim aos poucos a morte foi seno banida do nosso cotidiano e nos dias de hoje um lugar misterioso oculto

viagem ao Uruguai parte 2

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Cântico negro

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"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces Estendendo-me os braços, e seguros De que seria bom que eu os ouvisse Quando me dizem: "vem por aqui!" Eu olho-os com olhos lassos, (Há, nos olhos meus, ironias e cansaços) E cruzo os braços, E nunca vou por ali... A minha glória é esta: Criar desumanidades! Não acompanhar ninguém. — Que eu vivo com o mesmo sem-vontade Com que rasguei o ventre à minha mãe Não, não vou por aí! Só vou por onde Me levam meus próprios passos... Se ao que busco saber nenhum de vós responde Por que me repetis: "vem por aqui!"? Prefiro escorregar nos becos lamacentos, Redemoinhar aos ventos, Como farrapos, arrastar os pés sangrentos, A ir por aí... Se vim ao mundo, foi Só para desflorar florestas virgens, E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada! O mais que faço não vale nada. Como, pois, sereis vós Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem Para eu derrubar os meus obstáculos?..