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Mostrando postagens de 2011

Corrupção: endemia política

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A política brasileira sempre se alimentou do dinheiro da corrupção. Não todos os políticos. Muitos são íntegros, têm vergonha na cara e lisura no bolso. Porém, as campanhas são caras, o candidato não dispõe de recursos ou evita reduzir sua poupança e os interesses privados no investimento público são vorazes. Arma-se, assim, a maracutaia. O candidato promete, por baixo dos panos, facilitarem negócios privados junto à administração pública. Como por encanto, aparecem os recursos de campanha. Eleito, aprova concorrências sem licitações, nomeia indicados pelo  lobby  da iniciativa privada, dá sinal verde a projetos superfaturados e embolsa o seu quinhão, ou melhor, o milhão. Para uma empresa que se propõe a fazer uma obra no valor de R$ 30 milhões – e na qual, de fato, não gastará mais de 20, sobretudo em tempos de terceirização – é excelente negócio embolsar 10 e ainda repassar 3 ou 4 ao político que facilitou a negociata. Conhecemos todas as qualidades dos serviços públic

Robo Curiosidade da NASA

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Curiosidade" é o nome do novo robô espacial da NASA. Do tamanho de um carro, o sucessor dos valentes Spirit e Opportunity deverá ser lançado rumo a Marte no final do mês passado. Além de um maior conhecimento em geral de Marte, o novo robô espacial embarcará levando uma pergunta muito direta: Marte já teve, ou ainda tem, condições de abrigar vida orgânica semelhante à vida existente na Terra? Para tentar respondê-la, o robô Curiosidade vai procurar por moléculas orgânicas, os blocos químicos que estão na base da vida. Ou, pelo menos, da vida como a conhecemos, já que os cientistas já começam a se perguntar se existiriam vidas exóticas no espaço, além da vida que conhecemos . "Para responder à questão 'Há vida em Marte?', a abordagem mais razoável e produtiva é procurar por compostos orgânicos, que podem ser de vida atual ou passada, ou de meteoritos," explica Michael Meyer, um dos coordenadores da missão. Embora seja difícil bater a r

Os neutrinos e a luz

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Depois de abalar o mundo dos físicos, em setembro , ao anunciar que flagraram neutrinos viajando mais rápido que a luz, pesquisadores do laboratório Gran Sasso , na Itália, voltaram aos detectores, fizeram novas medições e insistem que os resultados estão certos. A noticia é tão extraordinária que para ser aceita precisa ser confirmada por um centro que não italiano, mas já podemos ir especulando sobre suas implicações. Neutrinos são partículas subatômicas com massa. De acordo com a teoria da relatividade especial de Albert Einstein, a do famoso E=mc², não poderia ser acelerados para atingir velocidade superluminal. Se isso ocorre, boa parte da física precisará ser revista. A primeira vítima pode ser a noção de causalidade. Se a velocidade da luz é violada, a forma como o Universo processa informações  fica de pernas para o ar. Torna-se em princípio, possível que efeitos precedam suas causas. Uma das soluções aventadas para o problema é propor que os neutrinos chegaram mai

Drop Box

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Doe-sangue

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Premio Nobel de Física 2011

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O prêmio Nobel de Física de 2011 foi dado a três pesquisadores (Saul Perlmutter, Adam G. Riess e Brian P. Schmidt) que descobriram que a expansão do Universo tem se acelerado nos últimos bilhões de anos. Essa descoberta tem um profundo impacto não só para a física e a cosmologia, como também para nossa relação com o Cosmos. Jamais havia passado pela cabeça de alguém, nem mesmo pela dos três pesquisadores que ganharam o Nobel, que isso poderia acontecer. A razão era simples: se lançamos uma sonda espacial com velocidade maior do que 11 Km/s, que é a velocidade de escape da superfície da Terra (energia de movimento maior que a energia gravitacional), ela se afasta com velocidade uniforme. Se a velocidade for um pouco menor, a sonda vai se desacelerando e volta a cair na Terra. Ela só consegue acelerar se tiver combustível para gerar uma força capaz de vencer a atração gravitacional. Para o Universo, também se pensava que só existiam essas duas possibilidades: expansão uniforme etern

Físicos mediram 16.000 vezes neutrinos viajando acima da velocidade da luz. Resultado, se confirmado, contraria um dos pilares da Física moderna

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Cientistas do CERN, o laboratório de pesquisas nucleares da Europa, mediram a velocidade de uma partícula subatômica e chegaram a uma conclusão que poderá abalar os pilares da Física moderna: é possível que a velocidade da luz, uma barreira que no início do século XX Albert Einstein definiu como intransponível, tenha sido superada. Os pesquisadores enviaram neutrinos, um tipo de partícula subatômica, dos laboratórios do CERN, na Suíça, para outras instalações a 732 quilômetros em Gran Sasso, na Itália, e descobriram que elas chegaram 60 bilionésimos de segundo antes da luz. A equipe fez a medição 16.000 vezes e chegou a um nível estatístico que a ciência aceita como descoberta formal. Se estiver correto, o experimento marcará a maior descoberta científica das últimas décadas. O resultado seria tão revolucionário que, naturalmente, é agora recebido com ceticismo. Outros cientistas vão agora reproduzir o experimento para comparar as medidas. No início do século XX, Albe

Como Funciona uma revolução

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Embora Tocqueville (1805-59) seja mais conhecido do grande público pelas famosas obras-primas A democracia na América (1835-40) e O antigo regime e a Revolução (1856) do que pelas Lembranças, estas são, contudo, uma obra tão original e clássica quanto às duas primeiras. Escritas (entre 1850-51) como memórias, com a intenção deliberada de não serem publicadas (pelo menos em vida do autor), as Lembranças, cuja primeira edição é de 1893 e que giram em torno da Revolução de 1848 na França, revelam o quanto o pensador político Tocqueville foi um observador e analista genial do seu tempo e da história. Os clássicos são os livros que se renovam a cada época. A onda de revoltas populares em curso no mundo árabe confere nova atualidade a esta reedição das memórias de Tocqueville em torno da Revolução de 1848 na França. Deputado e ministro durante aquele período tumultuoso, Tocqueville redigiu as recordações quando o advento da ditadura de Napoleão   3° (1851) lançou políticos moderados como